Está agendada para quinta-feira (15) a instalação da CPI das ONGs, a partir das 9h. Formada por 11 senadores, a comissão parlamentar de inquérito que vai investigar as organizações não governamentais (ONGs) deverá eleger seu presidente na mesma reunião.
A CPI nasceu a partir de iniciativa do senador Plínio Valério (PSDB-AM). Em entrevista à Rádio Senado, o senador disse que seu objetivo é abrir a "caixa preta" ligada ao financiamento de ONGs.
—Não vamos demonizar nenhuma ONG, não é esse o objetivo. Existem ONGs sérias e estas serão preservadas. O que vamos investigar são as denunciadas, que pegam dinheiro lá fora ou aqui mesmo no Brasil, não prestam contas e gastam entre si 85% do que arrecadam. Essas ONGs prestam um grande desserviço, principalmente à Amazônia - defende o senador.
No requerimento de criação da CPI, Valério apontou que outro objetivo é investigar repasses do governo a ONGs. Também deverá ser apurada a atuação de "ONGs de fachada", que receberiam repasses de recursos públicos sem realmente prestar serviços. Acomissão de inquérito deverá durar por até 130 dias.
“O país passou, com frequência cada vez maior, a conviver com denúncias da existência de “ONGs de fachada”, cujos reais propósitos seriam repassar recursos a Partidos ou mesmo a particulares. Também se avolumaram as suspeitas de que, mesmo sem receber verbas governamentais, ONGs se envolvem em atividades irregulares, inclusive a serviços de empresas com sede no exterior e interesses de potências estrangeiras”, afirma Plínio no requerimento.
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