UX se tornou um termo popular nos últimos anos. Quem procura vagas na área de tecnologia pode já ter se deparado com a sigla que vem de User Experience, experiência do usuário, em português. Os cargos de UX Researcher e UX Writer foram listados pelo LinkedIn entre os que mais crescem no Brasil, de acordo com a pesquisa “Empregos em alta em 2023”, divulgada em janeiro.
De acordo com Amyris Fernandez, coordenadora acadêmica do MBA em UX Design & Strategy do Centro Universitário FIAP, o crescimento da área ocorreu, pois as empresas perceberam a importância de entender os potenciais clientes de uma mercadoria. “A criação de um produto que atende às reais necessidades dos usuários diminui a exigência de esforços de marketing, consequentemente diminuindo custos e aumentando receita. Além disso, produtos que agradam costumam gerar compras repetidas, o que aumenta o valor do cliente ao longo do tempo e diminui o trabalho para conseguir clientes novos e reter os antigos”, explica a professora.
O termo UX está principalmente atrelado à área de design, mas não se limita a ela. “O profissional de experiência do usuário pode ser um designer, um escritor, um pesquisador. Mas o primeiro contato de um usuário com uma plataforma é pelo front, pelo visual, por isso as duas áreas estão tão ligadas”, afirma Gustavo Torrente, professor da FIAP.
O UX Designer vai pensar não somente nos aspectos visuais de uma plataforma, mas também na acessibilidade, usabilidade e facilidade que o usuário vai encontrar nela. Dentre as outras ramificações de cargos dentro da área, existe o UX Researcher, que conduz pesquisas com grupos de usuários, o UX Writer que pensa em toda a parte de escrita e redação, o UX Developer, que é responsável pelo desenvolvimento das ferramentas e soluções etc.
Por ser um mercado em ascensão, há profissionais em transição de carreira que estão buscando entrar nesse setor, mas podem ter dúvidas de como começar. Para Amyris, o primeiro passo é fazer um curso, ou cursos, para aprender toda a gama de metodologias que fazem parte do UX. Sobre a escolha do curso, Torrente avisa que existem grades com 16 horas até uma pós-graduação de 360. “A diferença entre elas é que as aulas de menor duração provavelmente serão sobre as ferramentas usadas na metodologia, como Canva, Photoshop ou Figma, e a maior vai ser onde o profissional de UX vai se formar”, afirma.
Segundo o professor, um MBA vai entrar em tópicos que vão além da tecnologia, abordando psicologia, teste de usabilidade, porque é importante testar, porque é importante fazer uma pesquisa, design thinking, marketing etc. “É uma área que está aquecida, demandando profissionais e que não tem muitas barreiras para você entrar. Então, pesquise sobre a área, veja quem são as pessoas referências no setor e se especialize”, conclui Gustavo Torrente.
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