Quinta, 28 de Novembro de 2024 07:50
1147064020
Dólar comercial R$ 5,94 0.003%
Euro R$ 6,28 0%
Peso Argentino R$ 0,01 -0.113%
Bitcoin R$ 597.603,16 -1.571%
Bovespa 127.668,61 pontos -1.73%
Economia Negócios

Bancos regionais americanos são motivo de preocupação no mercado financeiro

A economia norte-americana desacelerou no primeiro trimestre e os novos pedidos de seguro-desemprego caíram para níveis abaixo da expectativa do me...

22/05/2023 17h35
Por: Jornal Alternativa Fonte: Agência Dino

No mês de abril, as dificuldades dos bancos regionais permaneceram sendo um motivo de preocupac?a?o no mercado financeiro global. Apo?s a fale?ncia do Silicon Valley Bank (SVB) em marc?o, houve perdas de depo?sitos importantes em outros bancos regionais. O First Republic precisou de uma injec?a?o de capital e acabou sendo vendido para o JPMorgan. Apesar dos problemas, o Federal Reserve aumentou a taxa ba?sica em 25 bps em marc?o e repetiu o movimento novamente em maio. Entretanto, a reversa?o abrupta do enxugamento do balanc?o do Federal Reserve, a grande captac?a?o dos fundos money-market nos Estados Unidos e o consequente fechamento das taxas das treasuries, podem ter sido efeitos colaterais dessa fuga de depo?sitos dos bancos regionais norte-americanos.

A economia norte-americana desacelerou no primeiro trimestre e cresceu 1,1% na taxa anualizada. O desempenho da maior economia do mundo representa um forte freio em relação ao avanço de 2,6% nos últimos três meses de 2022 e veio abaixo do esperado pelo mercado. Os novos pedidos de seguro-desemprego caíram para 230 mil, o que se configura em um número abaixo das expectativas. E o consumo das famílias cresceu 3,7% no primeiro trimestre, na maior alta em dois anos, evitando uma desaceleração ainda maior do PIB. Já o investimento em máquinas e equipamentos teve a maior queda desde a pandemia.

No Brasil, a indústria de transformação desacelerou. O faturamento real da indústria registrou recuo de 0,1% em fevereiro de 2023 em comparação com janeiro. A queda representa uma continuidade da trajetória de queda gradual do indicador iniciada no segundo semestre de 2022. Apesar disso, houve crescimento de 1,4% no indicador, na comparação com fevereiro de 2022. Diz o economista Felipe Bernardi Capistrano Diniz que “o aperto de cre?dito ainda na?o se reflete nos dados de atividade, mas isso deve acontecer especialmente nas pequenas e me?dias empresas, que sa?o grandes empregadoras no pai?s”.

O real apreciou 1,60% frente ao do?lar e o i?ndice Ibovespa subiu 2,5% no me?s, mas ainda negativo no ano por conta do cenário de indefinição macro e de crédito mais difícil após defaults de Lojas Americanas e Light. O principal evento que contribuiu para essa melhora pode ser explicada pelo novo arcabouc?o fiscal que, apesar de na?o ser ideal, mostrou a disposic?a?o do governo em atingir resultados mais favora?veis de supera?vit prima?rio ao longo do mandato. Felipe Bernardi Diniz diz que, “por causa desta disposição, a curva de projec?a?o de di?vida/PIB ficou mais inclinada”. E segue “acreditando que a viabilidade fiscal passa pela capacidade de arrecadac?a?o do governo, fator de ainda baixa previsibilidade”. Os dados divulgados mostram uma atividade mais forte que a esperada, por isso, prevalece vie?s de alta para a projec?a?o de PIB de 1,3% e primeiro corte da taxa Selic para setembro.


Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.