O Grupo BBF (Brasil BioFuels), que atua no agronegócio sustentável desde o cultivo da palma de óleo, biotecnologia, produção de biocombustíveis e geração de energia renovável, completa 15 anos em abril, ajudando a desenvolver a região amazônica ao mesmo tempo que protege a floresta em pé.
A companhia, que possui ativos no Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, é produtora de óleo de palma da América Latina, desenvolve insumos renováveis para substituição de petroquímicos, produz biocombustíveis e gera energia renovável para áreas isoladas da Amazônia.
Cultivo em áreas degradadas
O cultivo sustentável da palma de óleo no Brasil segue uma das legislações mais rígidas do mundo. Em 2010, o Governo Federal aprovou, pelo Decreto 7.172, o Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo (ZAE). Com isso, o cultivo dessa planta passou a ser permitido apenas em áreas georreferenciadas da região amazônica, desmatadas até dezembro de 2007. “O cultivo sustentável da palma de óleo é uma alternativa para descarbonizar a floresta amazônica, explica Milton Steagall, CEO do Grupo BBF.
Atualmente, o Grupo BBF possui mais de 75 mil hectares cultivados com a palma de óleo nos estados do Pará e Roraima. Por ano, mais de 200 mil toneladas de óleo de palma são produzidas pela companhia. A empresa gera mais de 6 mil empregos diretos e 18 mil indiretos, além de incentivar mais de 400 agricultores familiares no estado do Pará.
Critérios ESG nas premissas de negócio
O Grupo BBF segue os critérios Environmental, Social and Governance (ESG) entre as suas premissas de negócio. No pilar ambiental, a empresa se destaca pela ampliação do cultivo sustentável de palma de óleo nos Estados do Pará e Roraima, recuperando áreas de floresta que foram degradadas no passado e capturando mais de 463 mil toneladas de carbono anualmente na região. Além disso, a empresa possui mais de 60 mil hectares de Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL).
No pilar social, é possível destacar além do programa de incentivo aos agricultores familiares, os investimentos em infraestrutura para comunidades que vivem no entorno de suas operações. Somente em 2022, o Grupo BBF investiu na construção de nove pontes, na manutenção de mais de 650 km de estradas vicinais e na parceria com a Vivo para ampliação da cobertura 4G no nordeste Paraense.
No que diz respeito à governança, a empresa atingiu no último ano o grau de investimento pela Fitch Ratings, com perspectivas positivas para o longo prazo. Ao todo, o Grupo BBF possui mais de R$ 2,1 bilhões investidos em ativos sustentáveis.
Energia Renovável
Já no setor de energia, o Grupo BBF possui 38 usinas termelétricas com capacidade total de geração de 238 MW, atendendo localidades isoladas na região Norte. São 25 usinas em operação com 86,8 MW de capacidade de geração e outras 13 em implementação. Todas elas operam com combustíveis renováveis: biocombustíveis (biodiesel e óleo vegetal) e biomassa oriunda da palma de óleo. A Companhia gera energia renovável para distribuidoras locais, atendendo mais de 140 mil clientes, retirando cerca de 106 milhões de litros de diesel fóssil da Amazônia, além de reduzir a emissão em cerca de 250 mil toneladas de carbono equivalente na atmosfera amazônica.
“Acredito no investimento em inovação para preservar o meio ambiente, gerar emprego e renda em áreas remotas e oferecer produtos desenvolvidos com respeito ao meio ambiente. A preservação da biodiversidade é a prioridade do mundo todo e o Brasil, por deter a maior biodiversidade do planeta, é protagonista para o equilíbrio global dos ecossistemas”, afirma Steagall.
Biotecnologia
Em fevereiro, deste ano, o Grupo BBF lançou uma unidade de negócios voltada à biotecnologia - BBF BioTech - com o inicio da operação em Rondônia para produção de insumos renováveis a partir do óleo de palma e palmiste, para atender indústrias dos segmentos agrícola, cosméticos, alimentícios, limpeza e farmacêuticos. Ao todo, a planta tem capacidade de produzir mais de 3 mil toneladas por mês de insumos renováveis que visam substituir produtos petroquímicos.
A expectativa é que ainda este ano, uma nova unidade da BBF BioTech comece a operar, desta vez em Manaus. Os investimentos na segunda planta, que dobrará a capacidade produtiva, devem chegar a R$ 90 milhões.
A nova linha chamada “AmazonBio Care”, visa substituir o uso de produtos petroquímicos por matérias-primas renováveis. O investimento em pesquisa e desenvolvimento tem gerado resultados – em 2022, a companhia depositou 11 registros de patentes no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), relacionadas às novas soluções para as áreas farmacêutica, cosmética, limpeza, alimentos, agricultura e biocombustíveis. A companhia estabeleceu parcerias com as principais instituições de pesquisa do País, como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de São Paulo (USP) e Instituto de Pesquisa Tecnológicas (IPT).
“Nosso objetivo é promover inovação no setor de biotecnologia, desenvolvendo insumos renováveis para substituição de petroquímicos, utilizando óleos vegetais cultivados pela BBF na região amazônica”, diz Steagall.
Novos negócios
Até 2025, o Grupo BBF iniciará a produção dos novos biocombustíveis: Combustível Sustentável de Aviação (SAF) e do Diesel Verde, também conhecido como Óleo Vegetal Hidrotratado (HVO). A matéria-prima para os biocombustíveis será o óleo de palma produzido pela BBF no interior de Roraima. Já o refino será feito em uma planta em construção na Zona Franca de Manaus (AM).
A expectativa é que sejam investidos mais de R$ 2 bilhões na nova planta. Inicialmente, será possível produzir 500 milhões de litros anualmente de HVO e SAF.
História
A empresa foi fundada em abril de 2008, em São João da Baliza/RR, por empresários que compartilhavam o propósito de mudar a matriz energética dos Sistemas Isolados no Norte do Brasil e, ao mesmo tempo, criar empregos, gerar renda e reduzir o custo da eletricidade para a população da região, a partir de uma matriz sustentável e limpa, substituindo o uso de óleo diesel fóssil por biodiesel feito a partir de óleo de palma.
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