Um total de 4.419 unidades residenciais foram vendidas na cidade de São Paulo durante o mês de janeiro de 2023. O dado é da Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário (PMI), realizada pelo departamento de Economia e Estatística da entidade junto às incorporadoras associadas. Em 12 meses (fevereiro de 2022 a janeiro de 2023), foram vendidas 70.193 unidades.
O estudo também indicou o Valor Global de Vendas (VGV) no período. Janeiro totalizou R$ 1,987 bilhão, e são R$ 34,337 bilhões no acumulado dos últimos 12 meses. O número de lançamentos de imóveis foi de 1.799 no primeiro mês de 2023, totalizando 76.546 unidades no período entre fevereiro de 2022 até janeiro deste ano.
“O mercado imobiliário em SP teve o melhor início de ano em termos de vendas, desde 2019, porém estes dados não indicam que teremos um ano inteiro de boas vendas, principalmente se compararmos com o ano de 2020, quando tivemos o recorde histórico na cidade de São Paulo”, afirma Claudio Hermolin, Country Manager da eXp Brasil, que atua no mercado imobiliário.
Segundo Hermolin, a preocupação para 2023 está na taxa de juros do crédito imobiliário, que subiram assim como a taxa Selic. “Temos hoje taxas superiores aos anos de 2020 e 2021, quando também tivemos um grande crescimento no volume de crédito concedido para compra de imóveis”.
Demanda e oferta
O mercado imobiliário da cidade de São Paulo encerrou o mês de janeiro de 2023 com a oferta de 68.323 unidades disponíveis para venda. Dentro desta oferta, as pessoas encontram imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (fevereiro de 2020 a janeiro de 2023).
O indicador de Vendas Sobre Oferta (VSO), que calcula a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas, foi de 6,1% em janeiro e de 50,0% em 12 meses, ainda segundo a pesquisa da Secovi-SP.
Modelos e oportunidades
Em janeiro, 57% das unidades vendidas e 91% das unidades lançadas foram enquadradas como econômicas. A oferta disponível para a venda deste tipo de imóvel somou 24.338 unidades (36%), com VSO de 9,3%. Os outros mercados somaram no mês 170 unidades lançadas, 1.922 unidades vendidas, oferta final de 43.985 unidades e VSO de 4,2%.
Além disso, por conta da desvalorização do real frente a moedas como dólar e euro, algumas imobiliárias também obtêm sucesso em vendas para compradores fora do país. “As imobiliárias digitais conseguem oferecer os imóveis da capital paulista, maior mercado imobiliário do Brasil, para diversas partes do mundo, onde investidores, aproveitando o câmbio favorável, estão buscando formas de proteger o seu patrimônio e nada melhor que o investimento em tijolo”, conclui Hermolin.
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