Mobilidade é um assunto muito falado e trabalhado na capital federal. Prova disso são os diversos viadutos em obras (Epig, Sobradinho, Riacho Fundo), que vão aliviar o tráfego para o brasiliense. Além disso, as ciclovias ganham cada vez mais terreno: já são 636,89 km por todo o DF, a segunda maior malha de todo o país. Outra opção são as cerca de 500 bikes vermelhas compartilhadas, que estão em 70 estações espalhadas pelo Plano Piloto, bem convidativas para um rolê. Para o turista, por exemplo, está aí um bom programa.
AAgência Brasíliacriou um roteiro a bordo de uma bicicleta do sistema ‘Tem Bici’, saindo da Rodoviária do Plano e incluindo sete atrações turísticas na rota. Todos os monumentos do percurso, ao longo do Eixo Monumental, têm estações de bike – uma opção para dar uma paradinha e apreciar a vista. O preço do passeio é de aproximadamente R$ 15.
O trajeto tem cerca de 12 km (veja abaixo). Para iniciar o rolê, o ciclista retira a bicicleta na estação da rodoviária, paga ali mesmo o passeio e começa o ‘pedal’. A Catedral e a Praça dos Três Poderes são as primeiras paradas. A icônica Torre de TV, onde se aprecia a cidade de cima, também está no caminho. Já na estação Centro de Convenções, vale dar uma espiada no belo prédio que recebe eventos e, em seguida, atravessar a rua e conhecer o Estádio Nacional Mané Garrincha.
Um pit-stop no Mané Garrincha
O engenheiro de segurança do trabalho Gustavo Dias, 38 anos, morador de Curitiba (PR), aprovou a ideia. Ele trouxe a esposa para conhecer Brasília e já se dirigiu para a Catedral. Dias lembra que as características da capital são boas para um passeio de ‘camelo’, como os brasilienses gostam de chamar a bicicleta. “Aqui é legal, pois não tem morros ou aclives acentuados que dificultam para quem anda de bike”, afirma.
“Eu, por exemplo, desceria no Mané Garrincha, ainda mais se tivesse um jogo para assistir”, adianta Gustavo, torcedor do Coritiba que gostaria de ver o clube de coração na arena candanga. Mas o rolê vai ficar para a próxima vinda, segundo ele.
Já a recepcionista Jessica Rocha, 18, residente no Guará, diz que foi poucas vezes à Esplanada e tem curiosidade de andar numa bike compartilhada. “Quero conhecer mais, Brasília é uma cidade tão maravilhosa”, frisa. “Não tenho bicicleta, mas tem essa opção aí. Fazer um tour nos monumentos deve ser joia”, aposta a moça.
Turismo e mobilidade andam juntos
O secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, observa que a operação das bikes pagas vai muito bem e o passeio é seguro. “O sistema é muito eficiente e as estações estão bem espalhadas pela Asa Norte, Asa Sul, Sudoeste etc”, diz. “Como é de fácil utilização e farto, isso proporciona ao turista passear bem e sem usar um veículo motorizado”, acrescenta. “Fantástico, uma ideia inovadora, né?”, opina o titular da pasta do Turismo, Cristiano Araújo, sobre o trajeto. “A mobilidade é essencial para o desenvolvimento do turismo”, reforça.
Ambos lembram, para os que não querem fazer muito esforço, que atualmente há também uma linha de ônibus saindo do aeroporto e que faz o percurso na região cívica de Brasília, com conforto e segurança. A opção está aí: rota sugerida, bicicletas de sobra e o convite ao turista ou ao brasiliense para aproveitar a capital sobre duas rodas.
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