Como gestor ou servidor público, você saberia como agir se sua ou seu colega fosse vítima de assédio sexual? Você sabe com quem conversar, quem procurar ou como formalizar uma denúncia? E se você fosse vítima, o que faria? Essas e outras perguntas serão respondidas durante a live da Controladoria-Geral do DF (CGDF) que será realizada no dia 26 de abril, às 15h, na TV Controladoria DF no YouTube . O evento é gratuito e não há necessidade de inscrição.
“Um dos caminhos que acreditamos fortemente é o da informação. A partir da informação, os servidores conseguem saber o que fazer, como utilizar as ferramentas disponibilizadas para denunciar, ou até mesmo mudar as ações. Também queremos instruir os órgãos a construírem ambientes seguros, para que as vítimas de assédio se sintam à vontade em buscar ajuda”Daniel Lima, controlador-geral do DF
Com o tema “Assédio sexual: construção de um ambiente acolhedor no órgão e orientações para vítimas”, a live tem o objetivo de educar sobre como acolher ou agir diante de casos de assédio sexual. As convidadas para falar sobre o assunto são a deputada distrital Jane Klébia, que também atua como procuradora especial da mulher na Câmara Legislativa do DF (CLDF), e a chefe da Assessoria de Apoio aos Julgamentos da CGDF e integrante da Comissão Especial de Combate e Prevenção ao Assédio, do Governo do Distrito Federal (GDF), Michelle Heringer.
O controlador-geral do DF, Daniel Lima, explica que o GDF já vem atuando para combater e prevenir o assédio sexual e moral na administração pública. “Um dos caminhos que acreditamos fortemente é o da informação. A partir da informação, os servidores conseguem saber o que fazer, como utilizar as ferramentas disponibilizadas para denunciar, ou até mesmo mudar as ações. Também queremos instruir os órgãos a construírem ambientes seguros, para que as vítimas de assédio se sintam à vontade em buscar ajuda”, destaca.
De acordo com a pesquisaO ciclo do assédio sexual no trabalho, realizada em 2020 pela organização não-governamental Think Olga em parceria com o LinkedIn, o assédio tem um grande impacto na saúde e na carreira das mulheres. Ele aumenta casos de ansiedade, depressão e estresse pós-traumático, podendo ainda alterar planos a respeito da carreira ou mesmo resultar na saída do mercado de trabalho.
A pesquisa mostrou que 63,8% dos entrevistados pela pesquisa avaliam que seus locais de trabalho não têm estruturas adequadas de denúncia e 64% acreditam que as pessoas vão diminuir a gravidade do assédio. Por esses fatores e muitos outros, pelo menos 78,4% das vítimas de assédio sexual não reportam as ocorrências, o que faz com que a impunidade gire em torno de 78%.
“A gente precisa discutir o assédio sexual nos ambientes de trabalho. Muitas vezes, passamos mais tempo no trabalho do que em casa. Então, a convivência da rotina profissional precisa ser respeitosa, como em todos os ambientes. Os limites impostos ali precisam ser rigorosamente respeitados. O assédio sexual, que é um crime, precisa ser combatido e evitado. A prevenção passa por conscientização. A iniciativa do debate é muito importante. Gestores nos ambientes profissionais, públicos ou privados, precisam estar atentos para agir sempre que necessário”, avalia a deputada distrital Jane Klébia, que estará na live para falar sobre o que a CLDF tem discutido e elaborado para a proteção das mulheres, além de trazer a sua experiência em 15 anos de atuação na administração pública.
Michelle Heringer é chefe da Assessoria de Apoio a Julgamentos da CGDF e já realizou dezenas de palestras nos últimos anos nos órgãos do GDF e em outros eventos locais e nacionais. Ela faz parte da Comissão criada no GDF para combater o assédio sexual e moral na administração pública. Na live, Michelle destacará pontos para que a vítima perceba o que é considerado assédio sexual, saiba como agir, como denunciar e a quem recorrer caso ocorra uma situação de assédio. “O assédio, de todas as formas, traz constrangimento, humilhação, ridicularização. Por isso, é importante ter em mente que atitudes como essas não devem ser toleradas. Então, se a pessoa se sente humilhada, oprimida, constrangida, isso pode ser um sinal de alerta para a ocorrência do assédio”, explica.
Outra questão que será abordada pela especialista é como o órgão pode construir um ambiente acolhedor para que as possíveis vítimas de assédio sexual sejam protegidas. Atualmente, os órgãos necessitam de comitês de ética internos que geralmente são buscados nesses casos. Outro canal é a ouvidoria (pelo participa.df.gov.br ou telefone 162), que também pode ser utilizada pelos servidores para fazer denúncias ou reclamações.
Serviço
Live “Assédio sexual: construção de um ambiente acolhedor no órgão e orientações para vítimas”
Quando: 26 de abril de 2023
Onde: TV Controladoria DF – Youtube
Como acessar: TV Controladoria DF
Não é preciso se inscrever.
*Com informações da Controladoria-Geral do DF
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