O governo do Rio de Janeiro lançou nesta segunda-feira (17) um programa colaborativo para responder aos desafios ambientais associados ao oceano. A iniciativa, que é parte do projeto Blue Rio, pretende conectar o poder público, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e grandes empresas privadas com empresasstartupscapazes de desenvolver soluções inovadoras aos problemas apresentados.
Segundo o vice-governador e secretário estadual de Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha, trata-se de um investimento na chamada economia azul, conceito que vem sendo atrelado a projetos de sustentabilidade no uso dos recursos do mar. Ele destacou que o Rio de Janeiro tem 636 quilômetros de costa e que setores econômicos de expressão, como a indústria do petróleo, tem o oceano como base de suas atividades.
"Vamos fazer umhubde inovação. Pessoas físicas e jurídicas conectadas para fazer a ativação da economia azul. E nós teremos uma aceleradora destartupsque vai trazer as novidades do que tem de mais moderno no mundo para implementar soluções para os desafios locais", disse. Como o governador Cláudio Castro encontra-se em viagem ao exterior, Pampolha participou do evento como governador em exercício.
Hubé uma palavra inglesa que tem sido usada para designar iniciativas e dinâmicas voltadas para a promoção de conexões entre agentes públicos e privados em busca de inovações tecnológicas. Elas envolvem espaços para discussão das diversas etapas de uma negócio como avaliação, captação de recursos e execução.
De acordo com Pampolha, serão investidos R$ 2 milhões, dos quais R$ 500 mil serão aportados para estruturar um laboratório vinculado ao curso de oceanografia da UERJ, que apoiará o desenvolvimento de inovação. Os outros R$ 1,5 milhão restantes serão destinados ao mapeamento dos desafios e à aceleração destartups.
Serão trabalhadas soluções em cinco áreas estratégicas: saneamento, portos e logística, navegação, sustentabilidade e energia. Sete empresas se comprometeram em apoiar o programa: GALP, Oceanpact, Vibra Energia, Águas do Rio, Porto do Açu, Wilson Sons e Cedae. "Nós vamos fazer o levantamento dos nossos desafios. Então o primeiro passo é as empresas envolvidas, o poder público e a academia apresentarem os seus desafios", explicou Pampolha.
"Por exemplo, o governo do Rio de Janeiro quer ativar o nosso polo pesqueiro. Já arrematamos o antigo Estaleiro Caneco que é um terreno de 135 mil metros quadrados. Se a gente identifica um gargalo para a sustentabilidade ali, então a gente coloca um projeto nessehubde inovação. A aceleradora vai fazer uma pesquisa emstartupsdo mundo inteiro e identificar uma solução que sirva para nós. Então não vamos começar cadastrandostartups. Vamos cadastrar os nossos problemas e colocar esses problemas como um cardápio de interesse dasstartupsmundiais", acrescentou.
Para desenvolver ohub, foi firmada parceria com a consultoria Beta-i que já atua como aceleradora destartupsem iniciativas semelhantes na Europa e na Ásia. Esse trabalho deverá durar um ano. Além dohub, o Blue Rio engloba outras medidas. Está previsto um aporte de R$ 12 milhões para iniciativas que serão desenvolvidas ao longo de três anos em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
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