O consumo de energia elétrica residencial no Brasil foi de 39,3 GWh no 4º trimestre de 2022, o que representa um aumento de 3,3% em relação ao 3º trimestre, sendo a maior taxa trimestral do ano. É o que aponta um estudo da EPE (Empresa de Pesquisas Energéticas).
“Apesar da elevação no consumo da classe no último trimestre de 2022, houve reclassificação de consumidores e aumento de novas ligações. Isso ocasionou uma diminuição do consumo residencial médio (-2,4%) em comparação ao quarto trimestre de 2021, chegando a 161,3 kW”, destaca o estudo.
Segundo os dados do EPE, as regiões brasileiras tiveram aumento gradativo durante o ano. Com destaque para o Norte, com a maior taxa de consumo de energia da classe residencial (6,4%), sendo Tocantins (9,9%) e Pará (8,6%) os estados com as maiores elevações.
Já o Sul foi a segunda região com maior crescimento do consumo no 4º trimestre, com aumento de 5,4%. As temperaturas acima da média e climas mais secos influenciaram no aumento do consumo, sendo os estados do Rio Grande do Sul (8,9%) e Santa Catarina (6,9%) os destaques para o crescimento, apontou o estudo.
A região Sudeste apresentou aumento da taxa de consumo de 3,3%, com destaque no Espírito Santo com 8,7% e Minas Gerais com 7,6%, revertendo a baixa porcentagem que tiveram nos trimestres anteriores.
Por sua vez, a região Centro-Oeste teve crescimento de 1,6% no consumo de energia elétrica no 4º trimestre do ano. Os estados destacados foram Goiás (4,4%), Distrito Federal (3,5%) e Mato Grosso (2,9%).
O menor aumento registrado foi o Nordeste, que teve apenas 1,5% em seu crescimento. Os estados do Maranhão (11,6%), Alagoas (6,8%), Piauí (5,6%) e Sergipe (2,6%) foram os que mais influenciaram no crescimento da taxa na região.
O crescimento contou com a influência da reclassificação de consumidores que ocorreu pela distribuidora local do Maranhão e a redução das perdas de energia no Piauí e Maranhão.
Ainda de acordo com a EPE, no Brasil o aumento médio de consumo foi de 1,1% durante o ano. Os maiores consumos registrados foram nas regiões Norte com 5,8% e o Sul com 3,7% de aumento em 2022. Já as regiões Nordeste (0,1%), Centro-Oeste (1,0%) e Sudeste (0,0%), tiveram o menor aumento anual.
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