Em número de estudantes, a rede estadual de ensino de São Paulo é a maior do Brasil. Em 2024, são mais de 3,5 milhões de alunos matriculados em classes do Fundamental ao Médio. Desses, 14.862 vieram dos 15 países participantes da Copa América, além da seleção brasileira: Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Jamaica, México, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
A Bolívia é o país com a maior quantidade de representantes em escolas da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) com 8.020 estudantes. O número é quase o dobro da Venezuela, segunda no ranking, com 4.440 matriculados. Em terceiro lugar, estão os alunos de origem paraguaia: 671 (veja lista abaixo).
Das diretorias de ensino, a Centro é a que concentra mais escolas com estudantes. São 2.174 em unidades de bairros redutos de imigrantes na capital paulista como Barra Funda, Bom Retiro, Brás, República e Pari. No entanto, é na Leste 5, que fica a Escola Estadual Amadeu Amaral, recordista deste ano letivo. Só da Bolívia são 153 alunos.
Longe da capital, escolas de municípios como Araçatuba, Americana, Assis, Arandu, Avaré, Barretos, Bragança Paulista, Bom Jesus dos Perdões, Botucatu, Campinas, Lutécia, Rafard, Santo Anastácio e Vargem Grande Paulista também recebem estudantes de seleções rivais do Brasil, do “Grupo D”. Por lá, estudam jovens vindos da Colômbia, Costa Rica e Paraguai.
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Para atender a demanda de estudantes estrangeiros, a Seduc-SP mantém um núcleo especializado. O grupo é responsável por definir as diretrizes e a redação dos documentos orientadores. A ideia é facilitar o acolhimento e minimizar as barreiras do processo de mudança como o idioma. Além da América do Sul, a rede paulista recebe crianças e jovens vindos de regiões de conflito (como Afeganistão, Haiti, Líbia, Síria e Ucrânia), da Ásia e de países com histórico de imigração para o Brasil menos recente, caso de Portugal, Espanha e Japão. No total são 19,5 mil.
Para realizar a matrícula, é preciso apresentar um documento de identidade, como passaporte ou RNE — Registro Nacional de Estrangeiro. As equipes gestoras e pedagógicas podem aplicar uma prova para identificar o ano/série ideal caso o aluno não possua um equivalente ao histórico escolar do país de origem.
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