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Para Humberto, manifestação de domingo tentou desviar foco de investigações

O senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou nesta terça-feira (27) que a manifestação feita no último domingo (25) por apoiadores do ex-presidente Jai...

27/02/2024 18h02
Por: Jornal Alternativa Fonte: Agência Senado
 - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
- Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou nesta terça-feira (27) que a manifestação feita no último domingo (25) por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em São Paulo teve caráter de intimidação. Em pronunciamento, o senador definiu a manifestação como um ato de demonstração de força para tentar desviar o foco das investigações da Polícia Federal sobre tentativa de golpe de Estado.

— Bolsonaro quer, de fato, um salvo-conduto para os incontáveis crimes que praticou. Mas a manifestação do domingo, com cara de velório de missa fúnebre, mostrou o quanto ele está acuado, mostrou o tamanho do seu medo de encarar as quatro linhas da Constituição que sempre desprezou. O Brasil não vai passar pano para criminoso, não vai anistiar golpista — disse o senador.

Na visão do senador, Bolsonaro ordenou, coordenou, comandou e participou de atos para dar um golpe de Estado. Muitos desses atos, disse Humberto, estão gravados, escritos e guardados em gavetas pessoais, computadores e celulares e já foram expostos em delações de pessoas próximas ao ex-presidente, como seu ex-ajudante de ordens, o coronel Mauro Cid.

O senador também criticou projetos de anistia aos presos pelos atos antidemocráticos do 8 de janeiro que estão em tramitação no Congresso. Para ele, é vergonhoso que esse tipo de proposição seja apresentado. Ao defender a anistia, o ex-presidente advoga em causa própria, afirmou Humberto.

— Ver propostas pedindo que sejam anistiados aqueles que destruíram as sedes dos Poderes da República e que queriam prender e até executar alguns dos seus membros parece algo inacreditável. Tenho a absoluta certeza de que essa nova agressão à democracia e ao estado de direito não vai prosperar aqui dentro. Estamos, enfim, absolutamente confiantes no vigor das nossas instituições, na sua solidez e na sua capacidade de não se dobrar a chantagens. Ameaça de bandido não vai amedrontar as forças da lei, que terá de ser respeitada — concluiu.

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