As obras de pavimentação de concreto na Estrada Parque Ceilândia (DF-095), mais conhecida como via Estrutural, seguem para a etapa final na pista sul, que faz o sentido Taguatinga-Plano Piloto. Os serviços se concentram na conclusão dos 13 quilômetros das três faixas de rolamento, com o término do trecho de pavimento rígido restante, e na microfresagem, atividade para regularizar o concreto em alguns trechos de descida já concluídos onde foram mapeadas pequenas ondulações.
“A partir de agora, os trabalhos na pista sul são de finalização e de ajustes necessários. Vamos fazer a microfresagem para deixar o pavimento perfeito em alguns trechos de aclive onde detectamos pequenas ondulações”, revela o superintendente de Obras do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Cristiano Cavalcante.
Por se tratar de uma etapa de acabamento, os serviços estão sendo realizados apenas na conclusão das obras na pista sul, quando são feitas as verificações técnicas finais. “Esse é um acabamento necessário, que é feito quando a obra acaba. E a obra da Estrutural não foi entregue, apenas liberamos o trânsito em alguns locais prontos para melhorar a fluidez para os motoristas”, completa. Diariamente, a via conta com a circulação de mais de 90 mil condutores.
O superintendente do DER também fez questão de explicar que a experiência do motorista ao trafegar no pavimento de concreto é diferente do pavimento asfáltico. “O condutor passa pelas juntas de dilatação concreto que dão uma sensação de trepidação. Mas é algo que o concreto tem que ter para não trincar ou quebrar. Isso é tecnicamente preciso”, conta.
Desde o início da obra, os serviços são acompanhados pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) para garantir a melhor qualidade possível. “O processo aqui é whitetopping, em que aproveita-se o pavimento asfáltico como base e coloca-se o concreto por cima”, afirma Cavalcante. São 21 centímetros de material em concreto aplicados em cima da capa asfáltica para substituir o asfalto antigo.
“Apesar de ser bastante usado no mundo, em Brasília é uma novidade uma pista toda em pavimento rígido. Estamos usando equipamentos de última tecnologia. É o que há de mais moderno sendo aplicado aqui e com acompanhamento diário da ABCP”, completa.
Troca do pavimento
Ao todo serão substituídos 26 quilômetros de pavimento da via Estrutural, sendo 13 quilômetros na pista sul, que faz o sentido Taguatinga-Plano Piloto, e mais 13 quilômetros na pista norte, no sentido Plano Piloto-Taguatinga. Além disso, também estão sendo criados desvios que ficarão como alternativas de vias para os moradores que trafegam por regiões como Estrutural, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e Vicente Pires. Os trabalhos ocorrem durante o dia e também no período noturno.
Estão sendo investidos cerca de R$ 80 milhões pelo Governo do Distrito Federal (GDF) com recursos da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) e execução do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF).
“Há muito tempo fazíamos intervenções pontuais, paliativas e emergenciais na Estrutural, que não cabiam mais. O pavimento estava com a vida útil avançada, bastante deteriorado. Precisávamos fazer uma reconstrução. É o que estamos fazendo com uma nova tecnologia que, até então, Brasília só tinha nas faixas exclusivas de ônibus”, destaca o superintendente do DER. O novo pavimento terá vida útil de 20 anos.
A auxiliar de serviços gerais Thamires Costa Alves, 23 anos, mora na Estrutural desde que nasceu e está ansiosa pela conclusão das obras. Todos os dias ela precisa ir para o Plano Piloto para trabalhar e considera o trajeto de ônibus desconfortável pela via. “É triste andar nessa pista aqui, porque a qualidade do asfalto não é boa”, diz. Com a reconstrução do pavimento, ela acredita que o trajeto será mais confortável. “Acho que vai melhorar sim. Vai ser mais rápido e mais seguro”, acrescenta.
Etapa da obra
Até a primeira quinzena de setembro, a pista sul estava na fase final para a conclusão dos 13 quilômetros, com 300 metros restantes. Além disso, está em execução o encontro com o viaduto Ayrton Senna. Lá, os serviços exigem o trabalho manual que é feito 40 metros antes e depois do elevado.
Já a pista norte já teve cinco quilômetros concluídos e os outros oito serão executados apenas após a liberação do fluxo de veículos no lado sul e a construção de novos desvios para evitar mais transtornos aos motoristas. O início das obras deve ocorrer apenas após conclusão da pista sul, que ficará fechada entre 7 e 10 dias para que seja feita a cura do concreto, técnica de hidratação do pavimento para diminuir os efeitos da evaporação prematura da água na estrutura de concreto, prevenindo fissuras e trincas.
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