O senador Marcos Rogério (PL-RO), em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (30), levantou questionamentos sobre supostos esforços por parte de integrantes do governo para obstruir as investigações, ocultar provas e dificultar o trabalho da CPMI de 8 de Janeiro. Ele voltou a criticar a postura do ministro da Justiça, Flávio Dino — que, segundo o senador, se recusa a fornecer as imagens das câmeras de segurança do estacionamento do ministério solicitadas pela comissão.
— O que o ministro da Justiça está fazendo é desrespeitar o Senado Federal, é desrespeitar uma comissão parlamentar de inquérito que tem competência para investigar e tem instrumentos próprios, inclusive para buscar essas informações. [...] Ele também desobedece decisão judicial. [...]. Espero que as informações que a imprensa está divulgando não sejam confirmadas pelo ministério, porque se a versão que a imprensa está divulgando for verdadeira, de que o Ministério da Justiça e da Segurança Pública perdeu essas imagens, isso é algo criminoso — disse.
Marcos Rogério ressaltou que existe uma forte expectativa de que os fatos possam ser esclarecidos com o depoimento do general G. Dias, apontado como responsável, por exemplo, por ordenar a alteração de documentos que foram enviados pelo governo ao Senado, para análise da CPMI sobre os eventos do 8 de janeiro. O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula será ouvido na reunião da CPMI marcada para esta quinta-feira (31).
— As informações relativas aos relatórios de inteligência, aos relatórios de informação, os alertas da Abin. Chegaram aqui documentos alterados, criminosamente alterados! Amanhã [quinta] nós teremos a oportunidade de ouvir o general G. Dias, de quem partiu a ordem para alterar, adulterar e fraudar um documento encaminhado a este Senado Federal. Amanhã é o dia dele. Tem muito a dizer ao Brasil; tem muito a esclarecer àquela CPI— concluiu.
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