O senador Plínio Valério (PSDB-AM) questionou, em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (1º), uma possível relação entre o incêndio ocorrido na Usina Hidrelétria de Tucuruí no fim de semana e a política de demissões da Eletronorte. Segundo o senador, a falta de pessoal pode ter ocasionado a suspensão das manutenções técnicas periódicas.
De acordo com o parlamentar, a dispensa de funcionários tem ocorrido na empresa desde a privatização, em junho do ano passado. Plínio Valério acredita que isso precarizou os serviços, aumentando os riscos de acidentes. Ele refletiu sobre a coincidência entre o incêncio e a dispensa de engenheiros e técnicos de suas funções.
— Não posso afirmar aqui categoricamente que o incêndio ocorrido foi em função das demissões, mas é muita coincidência quando se dispensam engenheiros, técnicos e a manutenção não é feita de forma periódica [...] temos que registrar que, desde a privatização da Eletronorte, tornaram-se costumeiras as demissões de técnicos da empresa, o que significa, na prática, que as manutenções periódicas acabam sendo suspensas, e é aí que mora o perigo da demissão em massa, da demissão sem critério — questionou.
Segundo o senador, a Eletronorte não quis se pronunciar de maneira clara sobre o princípio de incêndio ocorrido nas instalações da usina de Tucuruí, no último domingo. O fato gera preocupação com possíveis falhas no fornecimento de energia elétrica para a região, com impactos para a população e para a economia.
— As imagens mostram que não se tratou de um incidente pequeno. A Eletronorte evitou manifestar-se sobre o problema de manutenção mais relevante. Esses problemas colocam em risco e repetem os acidentes graves, como aquele que acabamos de presenciar [...] A usina de Tucuruí é uma das maiores do país e a eventual suspensão de suas atividades traria um efeito dramático sobre a nossa economia, sem falar dos riscos diretos à população — disse.
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