O senador Paulo Paim (PT-RS) lamentou, em pronunciamento nesta segunda-feira (22), caso de racismo contra o jogador de futebol Vinícius Júnior, do Real Madrid e da seleção brasileira. Os atos racistas ocorreram na Espanha, domingo (21), durante partida do Campeonato Espanhol, em Valência, por torcedores rivais.
— Infelizmente, o racismo é um problema em muitas partes do mundo. Estamos vendo agora no cenário esportivo. A responsabilidade das autoridades espanholas é grande. Eles têm que investigar e agir o mais rápido possível. Ora, será bom para a Espanha que ela seja lembrada quase como o país mais racista do mundo? Não houve, em nenhum país do mundo, no futebol, fatos sucessivos como esse que agora está comprovado — observou.
Paim destacou que não é a primeira vez que o jogador é vítima de racismo. O atacante já sofreu nove incidentes em diferentes ocasiões na La Liga, afirmou o senador. Ele também disse que o caso ganhou repercussão mundial, incluindo declarações de solidariedade do presidente Lula e de outros líderes internacionais.
— O presidente Lula cobrou ações. No dia 10 de maio, Brasil e Espanha assinaram um acordo bilateral de combate ao racismo e à xenofobia. A iniciativa prevê medidas para ajudar vítimas e denunciar os crimes. O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, disse que o ministério vai notificar autoridades espanholas e a famosa La Liga — afirmou.
Para Paim, é inaceitável que situações como essa continuem acontecendo, e é importante a aplicação de punições para aqueles que comprovadamente provocarem esse tipo de situação.
— A Fifa, que tem um papel importante em promover a igualdade e a inclusão no futebol... Está escrito no Regimento da Fifa que ela combate todo tipo de racismo e preconceito. Vamos agir! Faça um movimento forte para que fatos como esse não voltem a acontecer. Essa entidade possui regulamentos e diretrizes. Ali está escrito: combate ao racismo, preconceito e discriminação. Portanto, é fundamental que eles sejam aplicados de forma rigorosa. Não podemos mais aceitar a omissão. Se tem alguma dúvida, copia a nossa Lei da Injúria , daqui, do Brasil — defendeu o senador.