Economia Negócios
Mais de 2 milhões de empreendedoras lideram o setor de venda direta
Segmento majoritariamente feminino, setor tem possibilitado que mulheres tenham independência financeira e passem a liderar negócios no Brasil
16/05/2023 20h00
Por: Jornal Alternativa Fonte: Agência Dino
Divulgação

A maternidade e empreendedorismo estão, cada vez mais, andando lado a lado, sendo a revenda de produtos e serviços uma opção que possui cerca de 3,5 milhões de empreendedores no Brasil – apontam dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) – 57,8% desse total são mulheres, somando 2,23 milhões. O setor é apontado como uma grande oportunidade de empreendedorismo, em razão do baixo risco e custo inicial, além de uma possibilidade de trabalhar com marcas de confiança do consumidor brasileiro.

Um estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base nos dados da PNDA Contínua do 3º trimestre de 2022, mostra que 34,4% dos negócios brasileiros possuem mulheres em seu comando e 51% dessas empreendedoras são chefes de família, responsáveis pela maior parte ou totalidade das despesas do lar.

A presidente-executiva da ABEVD, Adriana Colloca, mãe de dois filhos, pontua que passou a entender mais a força feminina quando adentrou ao segmento da venda direta. “É impressionante quantas mulheres com visão para os negócios que encontramos, seja internamente nas empresas ou empreendendo com as marcas de forma independente”, ressalta a presidente.

Apesar das mulheres trabalharem 10,4 horas semanais a mais que os homens, em razão dos afazeres domésticos e cuidados com outras pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mariane Angelino, de 45 anos, empreendedora da empresa Royal Prestige, classifica o empreendedorismo como uma maneira de flexibilizar seu tempo e dedicar-se mais as suas filhas, Isabella e Gabriela. “O horário flexível de trabalho me possibilita acompanhar o desenvolvimento das minhas filhas e participar de momentos importantes que certamente eu não teria em um trabalho tradicional”, acrescenta.

Mariane não esquece o que realizou nesses oito anos de empreendedorismo. “Posso dizer que saímos da desesperança para uma nova vida com muitos sonhos conquistados, de uma vida de dívidas, pude quitar todas e realizar também a satisfação de colocar as minhas filhas nas melhores faculdades do país”, relata.

A Royal Prestige, marca de utensílios de cozinha e patrocinadora do Masterchef Brasil, sabe que as mulheres são força fundamental da marca, e trazem a elas a oportunidade de crescimento por meio de categorias, considerando tempo de atuação. “Nossa dinâmica dá igual condição de crescimento e ascensão às mulheres, e favorece que juntas elas sejam protagonistas na construção de um empreendimento sólido que traz segurança e liberdade”, explica Cinthia Oliveira, gerente sênior de Marketing da Royal Prestige.

Com 35 anos de história, o Hinode Group reconhece que as mulheres são força vital para marca, e incentiva suas empreendedoras com uma plataforma de formação de liderança feminina, em oito anos o Programa Pérolas já capacitou 460 mil mulheres, promoveu mais de 4 mil cursos e formou mais de 650 treinadoras oficiais. “Os números consideram o Brasil e os outros sete países da América Latina onde atuamos. O Pérolas visa fortalecer a liderança feminina não apenas no negócio, mas também no desenvolvimento pessoal”, explica Crisciane Rodrigues, presidente do comitê de líderes e ESG do Hinode Group. “Além disso, o Hinode Group é signatário dos WEPs (Princípios de Empoderamento das Mulheres), da ONU Mulheres”, acrescenta.

A cearense Patrícia de Sousa Barros, mãe de uma filha, conta que começou a empreender, junto ao Hinode Group, em setembro de 2020 justamente por precisar estar mais tempo em casa. “Minha filha nasceu prematura e depois de um mês de internação dela em UTI neonatal, com todo aquele sufoco que um prematuro vive, quando a trouxe para casa precisava sair do meu trabalho formal e ficar mais tempo com ela”, conta Patrícia.

Adriana Colloca ressalta que o caminho de conciliar vida pessoal e empreendedorismo é um desafio maior para as mulheres. “O setor de vendas diretas está em constante busca para o desenvolvimento de projetos e políticas para mulheres que sempre foram as protagonistas e tratadas como tal. O protagonismo da digitalização na venda direta a deixa mais acessível e viável para este importante público em questão”, conclui.

Sobre a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD)

A Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) é uma entidade sem fins lucrativos, criada em 1980 para promover e desenvolver a venda direta no Brasil, bem como representar e apoiar empresas que comercializam produtos e serviços diretamente aos consumidores finais. A entidade e? membro da World Federation of Direct Selling Associations (WFDSA), organização que congrega as associações internacionais de vendas diretas existentes no mundo. Por isso, segue os códigos de ética implantados por suas filiadas, que representam mais de 70 países.