O senador Lucas Barreto (PSD-AP) criticou, em pronunciamento na quarta-feira (10), a não emissão da licença ambiental para prospecção de petróleo e gás na plataforma equinocial da Amazônia, na costa do Amapá. O parlamentar afirmou ter convidado o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para prestarem esclarecimentos sobre o caso na Comissão de Infraestrutura (CI).
— Já se passaram mais de dez anos desde o leilão dessas áreas, que já deveriam estar produzindo hidrocarbonetos, ou seja, óleo e gás, no pré-sal da costa equinocial brasileira, precisamente a 175 quilômetros de distância da costa atlântica do Amapá, próximo à fronteira com a Guiana Francesa, e a 50 km de dois poços positivos perfurados no mar territorial da Guiana Francesa.
O senador destacou que as confirmações de grandes reservas de petróleo na Guiana já superaram 8 bilhões de barris, que foram encontrados nas formações geológicas do pré-sal equinocial, no platô da Guiana Francesa e do Suriname, sendo as mesmas formações petrolíferas equinociais do Amapá e do Nordeste brasileiro.
Lucas Barreto também afirmou que o Amapá já venceu várias barreiras ideológicas e midiáticas, como a existência de "falsos corais" na foz do Amazonas. Segundo ele, já foi demonstrado cientificamente que tratam-se de rochas sem vida, que foram corais vivoshá mais de 18 mil anos.
— Depois dos corais sem vida, os inimigos invisíveis do Brasil e do Amapá alegaram que estão em ameaça os manguezais da foz do Amazonas. Se manguezais fossem motivo para proibir a perfuração de petróleo, nós não teríamos nenhum poço no Brasil do Sul, lá do Rio Grande do Sul ao Nordeste, pois todas as áreas litorâneas têm manguezais— disse.