Visando disseminar informações para o autocuidado e a melhoria na qualidade de vida dos pacientes, a Unidade Básica de Saúde (UBS) 8 de Taguatinga realizou, na última semana, o 1º Encontrão de Hipertensos e Diabéticos. Devido aos riscos, que vão desde acidente vascular cerebral (AVC) e infarto até dificuldade na cicatrização e problemas renais, é preciso fazer acompanhamento e controle da hipertensão e diabetes com medicamentos e, principalmente, com mudanças de hábitos.
O objetivo do encontro foi tirar dúvidas, promover ações de autocuidado e orientar como algumas medidas práticas no dia a dia são capazes de minimizar as complicações decorrentes dessas doenças, reduzindo a necessidade de se procurar atendimento na UBS.
Durante a ação, foram atendidos cerca de 145 pacientes que fazem acompanhamento junto à unidade. A programação compreendeu práticas integrativas em saúde, com aulas de capoterapia e tai chi chuan, além de palestras sobre saúde bucal, atividade física, cuidados farmacêuticos e alimentação saudável. Também foram realizadas oficinas de autocuidado e culinária.
Lúcia Amélia Mesquita, de 70 anos, trata de hipertensão na UBS 8 há 15 anos. “A diabetes veio depois e aprendi a cuidar quando tomei conta da minha mãe, que também tinha”, afirma. “Faço acompanhamento com médico, faço meus exames, tomo os remédios direitinho”, completa dona Lúcia, que resolveu ir ao encontro para adquirir mais conhecimento e participar das palestras e aulas que foram oferecidas, além de interagir com vizinhos e outras pessoas na mesma situação.
A UBS 8 de Taguatinga faz, em média, 4.500 atendimentos mensais, entre vacinação, administração e fornecimento medicamentos, curativos, atendimentos odontológicos, médicos, de enfermagem e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf). Entre eles, pelo menos 500 são de pacientes hipertensos e diabéticos em acompanhamento, mas o número de pessoas com as doenças pode ser ainda mais alto na região.
“Pelo perfil epidemiológico, é esperado que cerca de 20% da população da área de abrangência apresente hipertensão ou diabetes. E cabe à UBS ofertar uma atenção integral a esses usuários, prevenindo as complicações e melhorando a qualidade a vida”, afirma Fernanda Lima, gerente da unidade.
O casal Alcides e Maria de Fátima Casado, de 72 e 71 anos, também participou das atividades. Ele tem diabetes e ela, hipertensão. “A gente aprendeu muita coisa com essa ação. Ele só gosta de comer gordura, muito sal, então a parte de alimentação foi muito boa”, afirma Maria de Fátima. Os dois são acompanhados há 20 anos na UBS 8, onde se consultam e pegam medicamentos. Para ajudar na alimentação em casa, todos os participantes receberam, ao final do evento, um panfleto com receitas que aprenderam a fazer na oficina culinária, além de brindes sorteados.
“Como diretriz da Atenção Primária de saúde, a educação continuada através de mobilizações sociais são vertentes nas ações de prevenção, tratamento e reabilitação. A integração de toda a UBS permitiu concretizar este projeto”, explica a fisioterapeuta do Nasf e uma das organizadoras do evento, Tatiana Quariguasi.
*Com informações da Secretaria de Saúde
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