‘Taca-le pau’, Paranoá! Foi na vibe da diversão apresentada pelo bordão de 2014 que o 4º Encontro Anual de Carrinhos de Rolimã foi realizado na cidade. A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) apoiou o evento, ocorrido no Dia do Trabalho – 1º de maio – e coordenado pelo grupo Os Rolimistas. Além da curtição, o objetivo do encontro foi que os participantes viajassem no tempo, revivendo momentos da infância, quando brincar na rua era prioridade, antes da chegada do mundo digital.
Para o evento, ocorrido no Parque Vivencial do Paranoá, a Sejus disponibilizou a montagem de palco, e o empréstimo de tendas, som, brinquedos infláveis e banheiros químicos. Os participantes também contaram com lanches, pipoca e algodão-doce. Toda a estrutura teve o apoio de brigadistas, também cedidos pela ação da secretaria. Segundo a Polícia Militar, uma média de 8 mil pessoas estiveram no evento.
A secretária de Justiça e Cidadania do Distrito Federal, Marcela Passamani, destaca a importância do evento. “A Sejus sempre vem com esse trabalho de serviço à população. É importante o apoio a eventos que estimulam a manifestação cultural do brasileiro, como é a prática de andar de carrinho de rolimã”.
Carrinho de rolimã
O carrinho de rolimã é um equipamento construído em madeira e com rolamentos de automóveis. A cidade em que o artefato surgiu não está descrita em documentos históricos, mas o equipamento é tipicamente brasileiro, criado entre as décadas de 60 e 70.
A construção do carrinho geralmente é artesanal e pode conter três ou quatro rolamentos, um corpo de madeira com um eixo móvel na frente, utilizado para controlar o equipamento enquanto desce pela rua. Também há um freio para diminuir a velocidade, que poder ser construído com um pedaço de madeira ou uma barra de ferro, que ao ser puxado encosta no chão.
“Taca-le, pau”
Para quem não lembra, o famoso bordão surgiu de um vídeo que viralizou na internet em 2014. Duas crianças – Marcos e Leandro – à época, brincavam em um carrinho de rolimã na fazenda da avó, em Taió, no Vale do Itajaí, Santa Catarina, quando um deles narra a descida do outro no carrinho, em uma rua de chão de terra.
Superanimado, Leandro, com sotaque característico da região, fala para o ‘motorista’ do rolimã descer com velocidade: “Taca-le pau, Marcos. ” No percurso, uma bela curva com o carrinho foi feita e Leandro grita na maior empolgação: “Mazá, Marcos véio!”
*Com informações da Sejus