Solucionar problemas antigos causados pelas chuvas, como alagamentos e enxurradas, é a meta do projeto Drenar DF. Iniciada em janeiro deste ano, a empreitada construirá 7,68 km de tubulação com investimento de R$ 174 milhões. Nesta sexta-feira (14), auditores do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) visitaram um dos pontos de escavação, acompanhados por engenheiros da Terracap.
O diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço Filho, explica que o encontro foi proposto para mostrar os detalhes da obra, que ficam quase totalmente concentrados no subterrâneo. “É uma obra que não aparece. Temos vários canteiros, mas, às vezes, as pessoas não percebem a obra acontecendo debaixo da terra”, afirma.
Na ocasião, foram apresentados detalhes sobre o projeto de escoamento, informações sobre as empresas envolvidas e sobre as estruturas e técnicas utilizadas. Servidores da Secretaria de Obras, do DER, síndicos e moradores da Asa Norte também já foram convidados a conferir o trabalho.
“É uma obra que não aparece. Temos vários canteiros, mas, às vezes, as pessoas não percebem a obra acontecendo debaixo da terra”Hamilton Lourenço, diretor técnico da Terracap
A tubulação partirá das redondezas do Arena BRB Mané Garrincha, descendo pela via L4 Norte, até chegar no Lago Paranoá. A rede seguirá em paralelo às quadras 902, 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando o Eixo Rodoviário Norte (Eixão) e a L2 Norte. Ao final do percurso, uma bacia de retenção será construída para reduzir a velocidade e melhorar a qualidade das águas pluviais, antes que o volume desague no Paranoá.
A abertura das galerias é feita com o métodotunnel linner, que garante maior agilidade aos serviços com incômodo mínimo para a população. Ao alcance dos olhos estão apenas os poços de visita (PVs), que podem chegar a uma profundidade de 22 m. A escavação dos túneis é feita a partir deles, com a ajuda de chapas de aço montadas para sustentar o túnel aberto.
“O material escavado é levado para a área do Jóquei Clube. Todo o material é de qualidade, não há resíduos que tenham que ser retirados por possibilidade de contaminações, é apenas o solo. Somente na região da bacia de contenção, ocorre a limpeza do material porque tem resíduos de construção civil, anteriormente dispostos na área”, explica a engenheira civil Jaqueline Resque, contratada para supervisionar os lotes do Drenar DF.
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