O senador Eduardo Girão (Novo-CE) defendeu nesta segunda-feira (7), em Plenário, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, após repercussão de entrevista ao jornalO Estado de S.Paulo, na qual defendeu a atuação do consórcio de governadores do Sul e do Sudeste (Cosud), criado em 2019. Segundo ele, a ideia de que tal consórcio se oporia aos estados do Nordeste não é verdadeira. Girão disse que a fala foi tirada do contexto e que o governador foi "vítima defake news". Segundo o parlamentar, Zema, que é filiado ao mesmo partido do senador, o Novo, "é um dos melhores gestores do Brasil".
De acordo com Girão, Zema não disse que o objetivo do consócio Sul-Sudeste seria fazer oposição ao Nordeste. O intuito do governador de Minas Gerais, ainda segundo Girão, é apenas o depromover a integração entre os sete estados próximos geograficamente e aumentar seu protagonismo político e econômico.
—Completamente fora do contexto, foi feita uma insinuação de que esse movimento seria contra o Nordeste, o meu Nordeste, o nosso Nordeste [...].Na resposta a essa pergunta, Zema respondeu, literalmente, que tal consórcio visa promover a integração entre os sete estados próximos geograficamente e aumentar o protagonismo político e econômico. [...] Eu converso muito com o governador Zema, estamos no mesmo partido, e eu vejo o profundo respeito que ele tem pelo Nordeste, até porque Minas Gerais tem regiões que são como se a gente estivesse no Nordeste, por todas as características, inclusive a dificuldade grande que se tem com relação à seca e aos muitos desafios.
Segundo Girão, o povo nordestino teria percebido a "intenção maldosa"da entrevista, defendendo Zema.
— Basta você ver o que aconteceu nas redes [sociais] desde ontem pela manhã até agora. E o governador, esse grande homem, simples, humilde, mas que traz resultados para a população, saiu mais forte dessa celeuma toda, pois o feitiço se virou contra o feiticeiro, especialmente sobre a hipocrisia reinante na classe política deste país.
O senador também afirmou queo governador mineiro e o partido Novo "jamais fizeram qualquer declaração crítica ao povo nordestino, muito menos separatista". Para Girão, há "espaço e condições ideais para o progresso de todos os estados, sem que seja necessário nenhum tipo de concorrência".