A Marina da Glória, na zona sul doRio de Janeiro, recebe até este sábado (5)oFestival de RobóticaOffSeason. Acompetição de tecnologia e engenharia começou nesta quinta-feira (3), com a participação de 800 estudantes de ensino médio de escolas públicas, particulares e doServiço Social da Indústria(SESI)de 23 estados e do Distrito Federal. Aentrada é gratuita.
O torneio é dividido em três modalidades, que envolvem robôs de até 56kg e 2 metros de altura, além de réplicas em miniaturas de carros de Fórmula 1. Os estudantes competem em equipes e têm alguns meses para se preparar para os desafios na pista e nas arenas.
Nesta temporada, crianças e adolescentes de 9 a 19 anos devem buscar soluções para desafios ligados à energia. São avaliados itens comoa velocidade do carro e o desempenho dos robôs, que precisam cumprir as atividades para somar o máximo de pontos nas partidas ou baterias de corrida.
Os times são avaliados pelos diversos recursos que utilizam paramodelagem, construção e programação das máquinas. Projetos sociais para levar ciência e tecnologia à comunidade, gestão financeira e marketing das equipes, que funcionam como empresas, também são critérios de avaliação.
Na categoriaF1inSchools,projeto educacional da Fórmula 1, os estudantes montam escuderias, com 3 a 6 integrantes, e constroem um carro em miniatura, réplica dos carros oficiais de corrida, masimpulsionados por um cilindro de CO2. Os carroschegam a 80 km/h em uma pista de 24 metros.As equipestambém montam um plano de negócios e de marketing para promover a escuderia.
O piloto da categoria F1 e engenheiro de designAléfeAmaral, da equipe NitroNeedles, de Valinhos (SP), contou àAgência Brasilque a equipe veio com um carro novo para esta competição.“Adicionamos um halo(peça localizada no cockpit similar aos carros de Fórmula 1), que diminui muito a aerodinâmica do carro.Não tínhamos muita expectativa de ter um bom desempenho, mas se mostrou bom na pista.” Segundo Amaral, essa modificação será obrigatória para o próximo ano.
Maria Eduarda, engenheirada EquipeTakion, da cidadede Foz doIguaçu,Paraná, temcomo função melhorar o desempenho do carro. Ela conta que sua primeira competição foieste ano,em Brasília.“Nós trabalhamos todaa aerodinâmica para conseguir fazer o carro ser o maisveloz possível.Temos a expectativade nos superarmos neste torneio.”
Na categoriaFirstTechChallenge(FTC), os estudantes constroem e programam,a partir de um kit básico e diferentes materiais, robôs de até 19kg, que precisam realizar uma série de atividades, como carregar blocos e empilhar cones. Eles também apresentam portfólio de engenharia para detalhar a criação e o funcionamento dos robôs.
Augusto Lopes, da EquipeTechFenix, na categoria FTC,de SãoGonçalo, municípiona região metropolitana do Rio de Janeiro, contou que é a primeira temporada da equipe. “Mas a gente participou de dois amistosos, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.Tínhamossomente 10 dias de equipe e conseguimosconstruir um robô. A genteconseguiu dois prêmios”.
A categoriaFirstRoboticsCompetition(FRC)ésemelhante à FTC,porémmaiscomplexa, porqueos robôs são de porte industrial e chegam a 56 kg e 2 metros de altura. Estes também precisam realizar atividades na arena, como se equilibrar em uma plataforma.
Acapitã da PotBot9048 (FRC),Natália Emily,revelou que a equipe teve um dia muito difícil nesta quinta-feira, porque faltou energia parao carregamento das baterias.A equipe, fundada em 2020, é de São Gonçalo do Amarante, Rio Grande do Norte.
“Nosso robô foi prejudicado nos treinos,mas hoje, na primeira partida a gente chegou renovado.Nosso robô executou todas as tarefas para que foi programado e issofoiumarecompensaenorme”.
O diretor de Operações do SESI, Paulo Mol, afirma que a competiçãoé uma fábrica de talentos.
“Com uma metodologia que aplica, na prática, conceitos de ciências, engenharia, tecnologia, design e matemática, o chamado STEAM, os alunos ganham conhecimento e habilidades técnicas e comportamentais que vão moldar os profissionais que eles serão no futuro, estamos construindo uma nova geração de engenheiros”, defende Mol.
O festival é gratuito, na Marina da Glória,no Rio de Janeiro, aberto ao público das 9h às 18h, com entrada permitida até as 17h.
*Estagiáriosob supervisão deAkemiNitahara