O mercado dos nômades digitais, profissionais que atuam no ambiente on-line, vem em uma crescente em todo o mundo e tem perspectivas positivas. Segundo o Relatório Global de Tendências Migratórias 2022, realizado pela Fragomen, empresa especializada em serviços de imigração mundial, 35 milhões de pessoas já trabalham por meio da modalidade em todo o mundo, número que pode chegar a um bilhão em 2035.
Paralelamente, um estudo da MBO Partners, consultoria estadunidense, demonstrou que o número de nômades digitais nos EUA aumentou em 131% desde 2019. Em 2022, ano em que foi realizada a pesquisa, 16,9 milhões de trabalhadores do país se declararam como trabalhadores desta modalidade - um aumento de 9% em relação a 2021.
Na visão de Igor Ivanowsky, CEO da Keep Nomad, o nomadismo digital é algo inevitável. “As novas gerações perceberam que não faz sentido viver uma vida padronizada, com horários definidos para tudo e passar oito horas por dia em uma sala fechada de escritório”.
Para o empresário, os jovens entendem que é necessário “trabalhar duro” para alcançar a realização pessoal e profissional, mas perceberam que é possível fazer isso sem limitações geográficas, ao invés de ter de atuar entre quatro paredes em uma cidade grande.
Vida de nômade
Ivanowsky conta que quando começou a trabalhar on-line, estava viajando o mundo como mochileiro e tinha como único objetivo sustentar a própria viagem com 10 dólares por dia - o que, na época, representava cerca de R$ 1.500 por mês. “Isso pagava a minha hospedagem e comida durante as minhas viagens pelo sudeste asiático e Índia. Depois, percebi que o mundo digital é dinâmico e os resultados costumam ser exponenciais”.
Hoje, segundo o CEO da Keep Nomad, todos os colaboradores da empresa são nômades digitais e, inclusive, o negócio incentiva que seus profissionais vivam em qualquer lugar do mundo.
Diversos países já oferecem vistos específicos para nômades digitais, como Argentina, EUA (Emirados Árabes Unidos), Grécia e Tailândia, além do Brasil. No país, o visto temporário VITEM XIV, regulamentado pelo governo em 24 de janeiro de 2022, pode ser concedido a “estrangeiros, sem vínculo empregatício no Brasil, cuja atividade profissional possa ser realizada de forma remota, denominado ‘nômade digital’”.
Nomadismo demanda especialização
O empresário destaca que, para se tornar um nômade digital, vale investir em uma especialização em profissões digitais que possuem alta demanda, como web design, SEO (otimização de mecanismos de busca), tráfego pago, design, social media, edição de vídeos e IA (Inteligência Artificial).
“Atenta à necessidade de especialização para atuar na modalidade, a Keep Nomad investiu em uma plataforma educacional que oferece dezessete cursos que vão do nível zero ao avançado”, diz ele. “Entre os planos para o futuro, pretendemos alavancar a empresa com a missão de acelerar o processo de nomadismo digital no mundo. Além disso, consideramos internacionalizar o negócio e, claro, continuar viajando”, conclui.
Para mais informações, basta acessar: https://keepnomad.com/