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Brasil vive aumento no número de crimes cibernéticos
Especialista explica quais os tipos mais comuns de ocorrências no cotidiano
28/07/2023 13h15
Por: Jornal Alternativa Fonte: Agência Dino
Freepik/Rawpixel.com

Nos últimos anos, o Brasil tem sido alvo de um crescente número de crimes cibernéticos. Com o avanço tecnológico e a inclusão digital, os criminosos encontraram novas formas de praticar delitos e descobriram que os dados são ativos valiosos.

Atualmente, o país enfrenta uma verdadeira epidemia de crimes cibernéticos, afetando cidadãos, empresas e até mesmo instituições governamentais. De acordo com um estudo realizado pelo laboratório de inteligência e ameaças, FortiGuard Labs, e publicado pela CNN, somente no primeiro semestre de 2022, o país sofreu cerca de 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, representando um aumento de 94% em relação aos 16,2 bilhões do ano anterior.

Essa persistência dos fraudadores coloca o Brasil em segundo lugar na América Latina em termos de ataques virtuais. O país fica atrás apenas do México, que registrou número de 85 bilhões de tentativas de fraudes em ambientes digitais, ainda de acordo com o estudo do FortiGuard Labs.

Alguns tipos de crimes cibernéticos:

Phishing e golpes financeiros: os criminosos utilizam e-mails falsos e páginas fraudulentas para obter informações pessoais, como senhas e dados bancários, com o intuito de roubar dinheiro das vítimas.

Ransomware: trata-se de um tipo de malware que criptografa os arquivos, bancos de dados e servidores da vítima, exigindo um resgate para liberá-los.

Ataques de negação de serviço (DDoS): os atacantes sobrecarregam um serviço ou site com tráfego excessivo, tornando-o inacessível.

Vazamento de dados: informações sensíveis de empresas e indivíduos são obtidas ilegalmente e posteriormente divulgadas.

Extorsão sexual online: os criminosos se aproveitam da vulnerabilidade das pessoas para obter imagens ou vídeos íntimos, usando-os para extorquir dinheiro ou praticar outras formas de violência.

"Os crimes cibernéticos causam danos significativos tanto para as vítimas quanto para a sociedade como um todo. Além dos prejuízos financeiros, eles afetam a privacidade das pessoas, a confiança nas transações online e até mesmo a estabilidade econômica. Empresas são prejudicadas, dados sensíveis são expostos e a sensação de segurança digital é comprometida", afirma Wladimir Rodrigues, CISO da RPE, empresa brasileira de tecnologia que oferece soluções em meios de pagamento para potencializar o mercado varejista e atua como empresa parceira da Dock Partner."

Mas, segundo o especialista, para combater esses crimes, as autoridades brasileiras estão cientes da gravidade da situação e têm tomado medidas. Dentre as ações adotadas, destacam-se:

Investimento em tecnologia: aprimoramento dos sistemas de segurança e capacitação de profissionais para atuar na área de segurança cibernética.

Aprimoramento da legislação: atualização das leis para lidar especificamente com os crimes cibernéticos, permitindo uma ação mais efetiva das autoridades.

Criação de unidades especializadas: estabelecimento de delegacias e grupos de investigação especializados em crimes cibernéticos.

Conscientização e educação: realização de campanhas de conscientização para alertar a população sobre os riscos e práticas seguras na internet.

"Os crimes cibernéticos representam uma ameaça real e crescente no Brasil, exigindo uma ação conjunta das autoridades, empresas e cidadãos. É fundamental investir em segurança cibernética, atualizar a legislação e conscientizar a população sobre a importância de proteger seus dados e estar atento aos perigos online. Somente por meio de esforços conjuntos será possível enfrentar essa crescente ameaça e garantir um ambiente digital menos vulnerável e confiável para todos os brasileiros", finaliza Wladimir.

Sobre a RPE
A RPE é um negócio de tecnologia em meios de pagamento que atua à frente de um ecossistema de soluções para o mercado varejista. A empresa conta com mais de R$ 15 bilhões processados anualmente provenientes de uma média de 250 milhões de transações anuais e ainda mantém 5 milhões de contas ativas a partir de 70 clientes.